terça-feira, 25 de agosto de 2009

Arquivo Brasil

Primeiramente as devidas desculpas aos leitores pela desatualização diária do blog. Parece que restou apenas minha pessoa para digitar idéias e fazer a varanda ter movimento. Como fico ocupado boa parte do dia e com preguiça em outras partes, não consigo escrever sempre. Mas escreverei sempre que possível, prometo.

Editorial feito, vamos ao caderno principal e à matéria de capa...

Um final de semana cheio de emoções. Criança esperança na tv, Rubinho campeão depois de anos e, no fim da noite, o miss universo.

O dicionário diz que emoção é uma "perturbação súbita ou agitação passageira causadas pela surpresa, medo, alegria, etc." Quanto ao show da solidariedade, que na noite de sábado foi diferente de todas as outras vezes, já que o casal Huck estava lá ocupando um posto que antes cabia exclusivamente ao querido e inesquecível Didi, a agitação passageira acontecia. Artistas e mais artistas subindo ao palco para cantar, dessa vez de verdade, soltando as vozes, e a plateia ia ao delírio. Confesso que não assisti tudo, tive coisas mais interessantes a serem feitas na noite de sábado.

A emoção do show, de ver os artistas se apresentando, talvez tenha maior valor que o tal espírito de solidariedade. Os vários projetos mantidos com aquele dinheiro arracadado em ligações tem a missão de educar e formar um futuro melhor. Será que o dinheiro conseguido nas ligações consegue mesmo mudar o futuro? Bem, o dinheiro consegue comprar até mesmo a chave do céu... um futuro bom não é nada perto disso. Dá para comprar com o troco. Ano que vem tem mais então. Mais emoção e mais solidariedade. Mais artistas. Mais dinheiro. Mais futuro.

O domingo chegou pra mim faltando 6 voltas para o final do GP. Ainda com sono achei que fosse sonho ou não estivesse enxergando bem. Mas não, era o próprio e incansável Barrichello na primeira posição. Fiquei com receio de o sonoplasta da tv não conseguir encontrar a tempo o Tema da vitória. Já fazia certo tempo que não era usado... podia muito bem ter destruído ou esquecido a pasta onde estava guardado. Mas deu tempo. Rubinho venceu e a música tocou novamente trazendo a emoção para os brasileiros fãs de fórmula 1.

Pode ser que tenha vencido por medo. Medo que os outros competidores tiveram. Uma peça solta no carro de Rubens e adeus ao piloto seguinte. Pode ser essa a explicação. Ou não. Rubinho sempre é motivo de piadas e sempre será. Mas é um incansável. Não é o melhor do mundo e acho que está longe de ser. A emoção dele foi pela surpresa.

Na noite aconteceu em algum lugar do mundo o concurso de beleza sem muita beleza, o Miss Universo. Venceu a miss Venezuela. Parabéns pra moça de 18 anos. Nossa representante brasileira foi eliminada bem antes de chegar aos finalmentes da competição. A emoção aqui está nelas e em seus amigos e familiares. Não pensei em chorar ou me alegrar com a vitória ou não da representante de nossa terra. Na verdade nem sabia quem era a moça que teve que ouvir um "você está demitida" no concurso organizado pelo Donald Trump, chefão de todo e qualquer aprendiz. Mas que houve emoção não podemos negar.

Aprendiz. Estamos num país cheio deles. Os que acham que já são Trump ou Justus estão longe disso. João Dória está assumindo o cargo de Justus mas nem por isso é o maior sábio do país. O dinheiro não compra essas coisas.

Eu aprendo o futuro ofício de jornalista dia após dia. Aprendo a ser filho. Aprendo a falar. Aprendo a ouvir. Aprendo cada dia mais sobre eu mesmo. Todos aprendizes. Os artistas, o público, o futuro do país, as crianças esperanças, o Didi, o Rubinho, a miss Brasil, eu, você, o Mercadante...

Uma postagem inteiramente brasileira sem futebol. Pra mostrar que não precisamos de homens correndo atrás de bola para nos orgulhar da nação ou odiá-la. Para estampar no peito o verde e o amarelo. Para ter como ídolos os homens que ganham milhões e correm atrás da bola. Podemos lembrar do país em um único final de semana. Pensar no futuro, pensar na velocidade e nas mulheres guerreiras, as verdadeiras "misses".

Mísseis? Duas torres estão lá em Brasília.
Quer falar de futebol? Agora?... Ih minha gente, chegou no final...
Ok, arquiva aí que resolveremos depois...

Coloca na pasta do Sarney que fica mais fácil encontrar na hora da vitória sem esperar do Brasil.

Aquele abraço. Bons ventos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vento em volta

Senhoras e senhores leitores. Moças e rapazes. Se é para o bem de todos, ou ainda, se é para o bem de poucos, digam ao povo que voltamos.
Eis o dia do Volto!

Atendendo às instruções do Ministério da Saúde nos afastamos do blog. Por ser um local público com movimento de pessoas vindas de várias partes do país, decidimos que seria melhor evitar o contato. O uso de máscaras não seria apropriado. É um blog. Não precisamos de máscaras. Podemos mostrar quem somos sem medo. Nossas opiniões. Então hoje voltamos. As aulas também voltaram. Só peço que grávidas leiam rápido, pois disseram que há maior risco...

Voltas são sempre cheias de novidades, surpresas, curiosidade.
Volta às aulas nas primeiras séries são sempre iguais: faça uma redação sobre suas férias. Nunca tive muito o que falar nessas redações e nunca achei que a professora deveria saber o que fiz nas férias. Justamente nas férias. O período que você até esquece que tem uma professora e vive feliz, esquece que tem uma escola, e logo no primeiro dia ela já lembra das tais férias. Bate uma saudade...

Voltar de uma viagem gera o interesse das pessoas próximas. Querem saber como foi. Querem ver fotos... Voltar de um show, a mesma coisa.

Voltar a encontrar uma pessoa que estava a muito tempo longe. Um amigo que se distanciou. Um abraço forte. Voltar em casa porque esqueceu um papel e perder o ônibus... Nem toda volta é feliz.. Ela se distanciou da familia e só voltou para ver o pai em um caixão. Uma volta dolorosa. Voltar para casa com um bebê nos braços. A esperança de um futuro. O cuidado. A volta.

Voltar exige cuidados! Nem sempre conseguimos voltar pelo mesmo caminho que fomos. A rua está intransitável, houve um acidente. Uma volta gigante deve ser feita para voltar ao lugar de origem. Voltar das drogas. Voltar para casa e ficar lembrando dos momentos que acabou de viver com a pessoa amada. Agora que cada um está em sua casa só resta o pensamento e a espera por outro encontro.

Voltar é lembrança! Lembrar do passado próximo. Lembrar das férias ou da viagem. Lembrar que esqueceu o maldito papel que te fez perder o ônibus que sofreu um terrível acidente. Voltar a viver. Lembrar que é amado. Lembrar do amor. Lembrar do amor da sua vida. Relacionamento terminado e um dos dois quer voltar. Voltar nem sempre é possível em alguns casos.

Voltar nem sempre é possível! Obstáculos que caem e... e.. ei, espere...
Voltar nem sempre é possível?
Tudo é possível! Basta que entregue a chave de casa, um carro, todo seu dinheiro e qualquer outra coisa que tenha no bolso nesse momento e alguém é capaz de achar um lugarzinho pra você. Um jeito de voltar... não é meu esse pensamento. Esse pensamento é universal! Que tal, bons entendedores? Querem voltar? Se alguém quiser passar a sacolinha...

Voltando ao blog, vou terminar por aqui. Muita coisa ainda pra escrever nesse período de volta mas não caberia tudo em um post, num só dia... Portanto, continuem conosco.

O vento sopra forte aí fora. Aqui na varanda é mais gostoso... pode chegar...


Ah, e tem a última...
Uma mulher está grávida de 12 bebês na Tunísia. Fiquem imaginando a volta dela pra casa depois dos nascimentos...