quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Amigo bichOculto


Penúltimo dia do ano 2009 d. C. e eu aqui voltando a escrever. Aos que sentiram falta, desculpa. Aos quem não sentiram.. desculpa também. A amiga blogueira Marina acertou, estavamos enrolados com trabalhos de faculdade.. depois disso foi só preguiça mesmo..

Enfim, penúltimo dia de um ano maravilhoso para uns, não tão maravilhoso para outros. Percebi que esse final de ano foi diferente de todos os outros 18 da minha vida: não ouvi tanto a Simone cantando seu "então é natal", o que já pode ser considerado um progresso e quebra na tradição, um milagre natalino talvez... aguardemos agora pelo fim do especial do tal rei da música brasileira que em todos esses 18 finais de ano que já passei vem cantando "emoções" em todas as edições.

Minhas participações no humilde blog talvez devessem ganhar outro nome no próximo ano. Sair da varanda, embora o vento aqui seja muito agradável, e passar a ter algum nome relacionado aos ônibus, pois, pra variar, contarei algo que vi novamente dentro de um. Mas não, queridos leitores, isso não acontecerá. É uma das "promessas" de final de ano que nunca se cumprem, como regime que maria iniciará, como o manuel que vai parar de fumar, como a aninha que passará a estudar mais... são as promessas furadas, então, o vento continuará soprando lá dentro do ônibus e vindo aqui pra varanda. Da varanda não saio, da varanda nenhum ônibus me tira.

Vamos lá? Final de ano, dezembro.. o mês que todos se amam, todos se cumprimentam, beijos, abraços, desejos de dias melhores, trocas de presentes. São amigos ocultos, amigos incultos, amigos explícitos, inimigos ocultos, inimigos disfarçados como amigos... enfim, tudo faz com que dezembro traga sorrisos aos que tem muito e aos que tem pouco. Certo? Errado! A história que vi de dentro do ônibus aconteceu poucos dias atrás, portanto, nesse mês de amor. Duas mulheres aos gritos na calçada, o ônibus parado e eu assistindo pela janela. Os gritos continuaram e os tapas começaram. Assim foi também com os puxões de cabelo. Disso para uma jogar a outra no chão foi um segundo. Um rapaz foi separá-las e uma delas disse "não se mete, ela é minha irmã". Aparentemente a outra não estava sóbria. Três crianças estavam perto e uma deles, um menino, um pedaço de gente, do alto de seus talvez 9 anos solta a frase assim "tô cansado dessa merda!". O ônibus foi embora e o mundo continuou...

Gente, leitores, blogueiros, não vou dizer que sou a pessoa que mais pensa nos outros, que mais está pronta pra ajudar e sofrer pelo semelhante, sei que não sou... mas isso me chamou atenção. Será que aquele "pedaço de gente" não é mais gente que as duas grandes? Penso que sim... E ao mesmo tempo, se as grandes ficarem fizendo isso perto do menor, o que será a vida dele quando maior? Aquele é o exemplo de amor, de clima natalino? Não seria capaz de reconhecer aquele menino novamente, mas a expressão daquele rosto ficou na minha cabeça...

Aos que não conhecem, vale a pena duas músicas: uma composição de Abdullah que fala sobre paz e outra do Rosa de Saron, "Mais que um mero poema". Agora fico com a primeira e deixo um trecho:

"...é a eterna luta que existe entre o bem e o mal. Uns fazem banquete, outros comem lixo. Que será o homem? Quem será o bicho? Mas que mundo é esse que a gente tá tentando salvar?"

Não sou capaz de salvar o mundo nem quero ter tal responsabilidade, mas penso que sou capaz de salvar um pedaço mínimo. Será que aquele menino tentou salvar o mundo delas? Será que elas estão destruindo o mundo dele? Tenho dúvidas... Quem será o homem? Quem será o bicho? Quem ali pensa? Quem não pensa?
E a eterna luta entre o bem e o mal não cessa... por isso dezembro não é o mês mais lindo e amoroso de todos. Tal mês nem existe... as aparências enganam.. os amigos são ocultos.

Como pretendo voltar a escrever mais vezes por aqui, aqui encerro a sessão do dia.. Tentando ser mais humano e menos bicho para tentar humanizar alguns bichos humanos. Será que essa é promessa que dá certo para o próximo ano ou faz parte do grupo citado lá no início? Veremos..

E para os poucos que leem aqui, bons ventos em 2010. Para os que não leem também. Voltem sempre. A varanda está sempre disposta a acolher quem o vento traz...


Até a próxima.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A cara do Brasil!!!!



Olá grandes, e ainda pouco numerosos, amigos da varanda! Estou de volta!
Li o último post, vi que era da Tamiris e pensei: “Está na hora de voltar também!” rsrsrs

Mas voltei também para colocar vocês, ainda que poucos, para refletirem se vivemos mesmo em uma democracia! Pesquisando sobre o tema encontrei a seguinte definição na internet: “Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.” Bem segundo esse conceito ficaria nas mãos do povo escolher os seus governantes, decidir o futuro do país, decidir o salário desses governantes, e escolher, mesmo fora das eleições, se o governante continua no Poder, ou não. Pois é, mas como estamos do Brasil, nada disso acontece, isso mesmo nada disso! Sim, porque os políticos agora são escolhidos em forma de leilão, “o que dá mais ganha!”, o futuro do país está fora de controle, guerras, tráfico, destruição de vidas, tudo isso que ninguém quer acontece. Bem a questão do salário dos governantes nem é necessário comentar né, tem político que em um mês ganha o que eu não irei ganhar em uma vida toda praticamente! Decidir se o governante fica ou sai do Poder é outro dilema, exemplo disso é o Sarney, todos queriam que ele saísse, mas ele não levantou de jeito nenhum daquela cadeira, e ainda zombou, e ainda zomba, até hoje da cara dos brasileiros. Vergonha? sim! Desrespeito deles? Talvez! Sim porque o grande culpado disso tudo somos nós que deixamos e fingimos que está tudo bem!

Um recente caso vergonhoso, mas que não é novidade alguma aqui no Brasil, foi o do prefeito Odair Silis, da cidadezinha de Monte Castelo, no interior de São Paulo, que foi flagrado, pela reportagem do JN, denunciado pelo dono de uma empresa que venceu a licitação para a construção de uma creche na cidade, pedindo propina para autorizar a continuação da obra, mas obrigando ao empresário a reduzir drasticamente o material a ser utilizado na obra. O pior é que, mesmo após o flagra, o prefeito teve a coragem de negar completamente que aceitou qualquer tipo de propina! Os moradores da cidade estão revoltados, mas, como sempre, ele continua no cargo até o julgamento final que pode terminar mais uma vez em Pizza!

Brasil de vergonhas, Brasil de guerras, Brasil de contrabando, Brasil de Copa do Mundo e Olimpíadas, mais obras imensas, mais dinheiro para o bolso dos políticos mais impostos para nós, mais vergonha para o Brasil!!

Quando será que poderemos dormir tranqüilos sabendo que cada centavo pago por nós está investido no seu devido lugar?

Ah e antes de ir, gostaria de propor uma brincadeira, vamos sugerir novas modalidades e provas para a Olimpíada de 2016? Para iniciar eu proponho a prova de “Levantamento de Bolo de Dinheiro” com essa o Brasil leva o ouro! Se não for roubado né... rsrsrs Dêem sugestões também, os políticos agradecem!!
Um abraço a todos e até a próxima, talvez não muito próxima (rsrs), aqui na Varanda!!

domingo, 1 de novembro de 2009

Ventos fortes... ventos calmos...

Sim, sou eu. Podem acreditar.
Peço desculpas aos meus caros amigos de blog e também aos poucos, porém interessados leitores da varanda. Estive sumida, quase inexistente nesse espaço por problemas familiares, de saúde, amorosos, depressivos... Enfim, como dizia Shakira em sua envolvente canção, Estoy aqui.

Bom, com tantas pedras no meu caminho, não poderia vir aqui falar de outra coisa que não seja essa constante mudança de acontecimentos em nossas vidas. Me diziam que o MC creu é um bosta, porém a velocidade cinco que ele inventou vem perturbando muita gente se pudermos fazer disso uma metáfora da vida. Confesso que essa velocidade às vezes me cansa.

Estive com uma pessoa muito querida internada durante 17 dias no CTI, eu desacreditei de tudo e todo mundo me dizia: “Tente tirar algo bom disso, tente fazer e ver coisas que te levante, você precisa ter força nesse momento” e tudo naquele momento era bem vindo. Chegava em casa, ligava a televisão e via a Sandra Anhemberg falando de avião que caiu, de guerra no Rio de Janeiro, bandido que derrubou helicóptero da polícia, não sei quantos mortos por causa de alguma enchente por aí e ao invés de me aliviar, eu me sentia ainda mais inútil. Meu pai naquele hospital, famílias sendo destruídas em algum canto do Brasil, filho enterrando pai, pai entregando o filho pra polícia e o mundo de cabeça pra baixo. Nessas horas da vontade de ser heroi, toda vez que meu pai pedia pra eu tirar ele de lá e minha mãe chorando saia do quarto, a vontade era de pegar ele nas costas e trazer pra casa. Mas trazer pra casa pra que? Pra ligar a televisão e ver sofrimento? Mais sofrimento? A casa da gente virou a casa do mundo, dentro da nossa casa acontecem guerras, mortes e dor e nem sempre são com nossos familiares. Tudo bem é o trabalho da imprensa e eu como estudante de jornalismo, sei disso, mas não é isso que queríamos ver na TV, porém vamos fazer o que? Diante da situação do meu pai comecei perceber que todo mundo é sujeito a estar numa cama de hospital por algum motivo, porque o meu pai era o mais forte, o mais saudável, o cara mais legal e estava lá, sem saber se era noite ou dia.
A resposta do que podemos fazer é simples, já que a gente não pode ser heroi e cuidar do mundo, vamos cuidar da gente e de quem a gente ama. Cuidar da nossa saúde, cuidar das nossas coisas. Talvez o peso que vem de fora não chegue tão pesado se estivermos respaldados das necessidades básicas do ser humano.
Quando meu pai saiu do CTI e foi pro quarto, parecia que ele havia nascido de novo e eu senti a mesma emoção que ele deve ter sentido quando eu nasci.
Dê valor pra sua família, não espere nada de ruim acontecer pra você perceber que podia ter feito mais.

Ventos fortes... Ventos calmos.
Meu pai ta aqui, bem graças a Deus e os médicos disseram que não sabem como, mas eu sei.
Fé e uma necessidade imensa de fazer tudo que eu não fiz em 20 anos.

Juro que não sumo.
Esse post foi um desabafo. Perceberam né? rs
Obrigada por me lerem e até breve.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

indivi-DUALISMO

Bons ventos. Bem vindos.
O último texto foi a chuva que trouxe. Hoje começo com uma frase que ouvi dentro do ônibus dois ou três dias atrás, enquanto outra chuva ameaçava começar a cair. Não virou temporal, foram só pingos e leves e nada mais. Eis a frase de uma senhora: "Podia pelo menos esperar eu chegar em casa pra começar a chover". Não vi o rosto da moça nem o tipo físico. E a chuva nem me interessava tanto no momento. Ainda estava com a janela aberta, não me incomodava em nada. Mas a frase ficou na cabeça.

Já molhei demais na última postagem, portanto dessa vez o assunto é a a voz da mulher ressoando na varanda. Fiquei me perguntando: quem seria aquela mulher a quem a chuva devia esperar chegar em casa para começar a cair? Por que logo ela? Seria uma escolhida pelo céu para comandar o tempo? Teria ela uma varinha mágica que, quando apontada para o céu, o tempo mudava conforme sua vontade e naquele dia a tal varinha estava em casa e uma criança brincando com os poderes mágicos? Com quem exatamente ela falou isso? Será que ela estava presente na criação do universo e aprendeu a criar a chuva? Tinha feito chapinha naquele dia? Ou será que era só uma senhora muito individualista? Vou escolher a última opção...

Já ouvi essa mesma frase inúmeras vezes saindo da boca de minha progenitora, não nego. Mas só quando essa voz disse isso reparei na indivualidade que ela traz. A chuva deve esperar que ela esteja protegida, já quanto aos demais... Molhem-se, fiquem ilhados, inundem suas casas, afoguem-se com cada uma das gotas, percam seus bens depois de temporais, fiquem resfriados e gastem com remédios, percam o incrível e caro resultado da chapinha marcada no salão há 15 dias. Entendi tudo isso naquela frase. Me senti ameaçado e preocupado. Será que foi comigo? Não, não exatamente. Foi comigo e com o resto do mundo. Mas, cara senhora desconhecida, fique sabendo que o resto do mundo, em algum momento, já desejou o mesmo pra ti.

Existem situações em que quase qualquer um esquece que o resto do mundo existe e só pensa na própria vida, ainda que isso interfira na vida dos demais. Indiretamente. Quantas vezes um barulho na casa do vizinho incomoda a ponto de querermos explodir a casa ao lado? Coitado, só está montando uma nova estante comprada em 12 vezes. Por que um acidente com um parente próximo e não com o chefe rabugento do escritório? Logo o chefe rabugento que não dirige embriagado como aquele parente... É a privação da felicidade alheia para nossa própria felicidade.

Queremos que o mundo faça tudo à nosso favor, que embeleze nossa vida, ainda que, volto a repetir, nem lembremos que há necessidades em volta no nosso umbigo. Não queridos, se alguém pode viver com muito conforto, viva. Mas que esse conforto não venha da infelicidade alheia. Ou que venha, se você definitivamente não é um humano direito. Quem sou para saber o que é agir corretamente ou não... Mas desconfio do que seja certo e do que seja errado. As aulas de Moral servem para alguma coisa. A vida serve para alguma coisa. As vidas servem!

Volto a imaginar a senhora da frase no ônibus, a toda poderosa, senhora tempestade... Será que ela se sentiria mal em saber que alguns não conseguiram sobreviver àquela que poderia virar tempestade? Sentiria pena? Mostraria tristeza? Compaixão? Diria "uma pena, coitado, por que não me mandou em seu lugar"? A mesma individualista, momentos depois pode se mostrar a mais "grupal" das criaturas, que só vive em comunidade e interage com todos, tratando a todos como trataria a si própria... Nossos personagens, nossas faces más e boas...

São momentos de ódio profundo, de alegria extrema, de individualidade, de companheirismo, de sim, de não, de posso, de não posso, de simplicidade, de vaidade... Pessoas diferentes uma das outras e inúmeras diferenças dentro de si mesmas... Momentos.. como cantava Raul "se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou; se hoje eu te odeio, amanhã lhe tenho amor... eu sou ator"

Não dói pensar na frase da senhora, confesso, foi uma frase tão simples, sem pensar muito... só segui até meu ponto, fechei a janela, dei o sinal, o ônibus parou e desci. Nada me aconteceu, acho que a chuva resolveu ser boazinha comigo... não molhou tanto.

Confesso.. não pensei nos que ainda ficaram no ônibus.

Acabo de me preocupar, o que será que aconteceu? Ah, não ouvi notícias.. acho que posso deitar tranquilamente a cabeça no travesseiro.


Já nossos companheiros do Executivo... não sei não, hein... vejo notícias todos os dias nos jornais...

Até a próxima. Bons ventos.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Chove lá fora e aqui...

Sete dias depois da última postagem, uma nova aparece. O número 7... Bem, pra mim não significa nada, foi apenas para iniciar a conversa. Ma se alguem de vocês, queridos leitores, se interessa por numerologia e prevê que com isso minha vida pode mudar, favor informar...

Como sempre, até por ser o nome do blog, foi o vento que me trouxe aqui para escrever e fazer idéias voarem. Mas o vento de hoje é diferente. Está acompanhado com a chuva. Escrevo isso porque hoje choveu muito por aqui e cheguei à conclusão de algo que já vinha desconfiando há tempos: o guarda-chuva serve apenas para proteger a sobrancelha durante essas grandes "quedas d'água".

A chuva chega e quase sempre não estamos preparados para ela. Não queridos, não vale dizer "tô sempre preparado, ando sempre com sombrinha na bolsa", isso é nada. Quem chegou primeiro, a água ou nós? Até onde entendo somos nós que devemos nos adaptar a ela... Pois bem, a chuva começa a cair, pequenos pingos, leves, sutis, nem assustam a quem precisa ir de um lugar a outro. "Essa é a chuva? Vou fácil..", diz algum suposto corajoso. Instantes depois e as gotas já estão mais largas e o volume muito maior. Vem o vento junto. A água batendo em telhas começa a fazer o som necessário pra mostrar a força da chuva. Agora o corajoso já não tem tanta coragem como tinha antes quando a chuva parecia um pequeno impecílio. A chuva aumentou e ainda há necessidade urgente de ir de um lugar para outro.

Ahá! Um guarda-chuva! Uma sombrinha! Uma arma, capa protetora do mal que a chuva pode trazer. Não, não adianta. Hoje vi que guarda-chuvas não servem para nada, ou quase nada já que protegem bem a sobrancelha.

A calça começa a pesar com a água que ela já tem. A camisa idem. Meias com dois litros de água cada uma. Tênis que parecem bacias de pedicures.

Mas no fundo a chuva que por uns istantes te deixam irritado por estar todo molhado, instantes depois te transformam numa pessoa melhor, com uma energia diferente. Um contato involuntário com a natureza que hoje some das cidades. O vento que te molha com a chuva é o mesmo que seca a roupa no varal depois. O ar que movimenta e faz mover a vida.

Leitores amigos, todos passam por chuvas quase do mesmo tamanho da contada na estória de Noé e saem com sorrisos nos rostos. A chuva passa tão rápido se levado em conta o tempo que o vento fica batendo até secar tudo e depois de secar continua soprando...

Cai chuva forte dentro dos bancos, dentro do senado, dentro do país, dentro das estações de trem no Rio de Janeiro... Chove dentro de mim, chove dentro de você, dentro de quem você ama. Mas o vento vem, o vento virá. Melhor acreditar nisso...


Mas se você disser que o número 7 significa que a afta que tenho na boca nesse exato momento vai sumir assim que eu acordar, por que não acreditar também?


Sigam sonhando e sentindo o vento bater na cara ou te molhar com a chuva. E acreditando.
Acreditando que aqui na varanda o vento sempre faz bem.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

E a boa nova andar nos campos

"Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos, quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez..."
Setembro? Sim, setembro meus caros. Essa não é a melhor canção para o primeiro dia após setembro terminar. Seria esperança demais por um novo setembro ou seria um problema forte na cabeça que me faz achar que setembro está chegando e não acabando de ir embora? Bem, queridos leitores, penso que um pouco dos dois e mais outras coisas.

A música é de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, para começar dando os devidos créditos. Hoje, primeiro de outubro, setembro acabou de ir embora. Foram 30 dias para escrever sobre o mês e, agora que acabou, aqui estou para falar dele. Não é algo como um conselho de classe das escolas nem um relatório de serviços feitos durante certo tempo. É só um mês que se foi e outro que chega.

Mas e quando entrar setembro? O mês traz a primavera (ou deveria trazer, em teoria, já que as mudanças climáticas andam estranhas), as flores, a beleza. É o tempo de renascer, de ressurgir, apagar a feiura das folhas caídas e levantar-se novamente, belo e forte. A primavera, tema de inúmeras poesias e canções. Sempre com uma metáfora tal qual em "primavera se foi e com ela meu amor". O que era belo acabou. Mas quando entrar setembro.. tudo vai mudar. Vai sim. Setembro vem aí.

Será que em 2001 aquelas pessoas imaginavam que quando setembro entrasse elas morreriam e o fato seria notícia em todo mundo? Imaginavam, provavelmente, que setembro entraria e, com as flores, mais vida. Nunca imaginariam que quando setembro entrasse e elas entrassem em um prédio um avião também entraria. Algo surreal ao pensar na poesia da primavera. "E a boa nova andar nos campos". Qual foi a boa nova nesse mês daquele ano? Sonhos que se foram em um setembro. "Muitos se perderam no caminho", continua a canção. A perda faz parte. Assim como aquelas pessoas foram para um lugar ainda desconhecido por nós, muitos setembros também se perderam no caminho.

E a indepêndencia que o mês trará? Ah, aguardo com ansiedade por isso. Quando entrar setembro a independência brasileira será total.. O sétimo dia do mês 7 do antigo calendário. O Brasil livre! Pensavam nisso meses antes da proclamação? Foi um setembro marcado na história e lembrado até hoje com aqueles desfiles políticos com crianças torrando no sol...

Quando entrar setembro... Setembro se foi. E é verdade aquela máxima "só damos valor depois que perdemos"?. Creio que sim em diversas situações. Setembro passou e nem percebi como foi bom pra mim. Agora foi embora e vejo que sinto falta dele... Mas a vida é assim. Vai embora um mês e vem outro. Outubro. Mas setembro voltará. Ainda terei chance de dizer a ele como foi bom pra mim.

Minha gente, nós somos os meses! Nós fazemos as primaveras e os outonos! As situações que a vida traz. Aguardamos por setembros, por janeiros, por novembros na expectativa de sermos melhores e aproveitar tudo que ele pode nos trazer e não fazemos. Pra que fazer já que logo logo outro mês de igual nome chegará?

E quando setembro chega e quer mudar tudo na sua vida? O que fazer? A primavera quer trazer uma nova flor que não estava nos planos, quer transformar, quer com uma brisa leve jogar o frio que existia para longe e plantar cores, perfumes. Esquecer tudo o que aconteceu no outono, quando as folhas estavam caídas, e correr em busca de uma flor? UMA flor apenas e nada mais. Você escolhe ou o vento te leva para o melhor caminho.

Siga suas estações e colha o que cada uma pode trazer. Aguarde setembro chegar com a primavera que você pode ter. Uma estação precisa da outra para existir. Assim somos também. Aguardamos a próxima sem saber o que pode chegar. São as surpresas, os encontros, os desencontros. Vamos aguardar setembro chegar então para ver a beleza da vida. Mas não esqueça que os outros meses sentem ciúmes, aplaudamos cada um deles quando chegarem e quando saírem, peçamos, façamos agradecimentos...


Setembro se foi e com ele o ENEM... Será que esperavam por isso? Uma virada de página gigante no último minuto do segundo tempo. É setembro com sua mania de mudar tudo de uma hora pra outra... Acostume-se.



Te vejo na varanda, com textos melhores que esse, espero...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Uns tais versos mudos

Oi queridos senhores, senhoras, moças e rapazes, parece que aquela máxima de "no início tudo são flores" vale para esse humilde blog. Antes era uma postagem atrás da outra, um atropelando o outro.. e agora grandes espaços entre eles... Ah, acontece. Fazer o que... digamos que o relacionamento com o blog "caiu na rotina", já que é a desculpa mais usada. Mas diferente do que se espera o relacionamento não terminou. O caiu na rotina foi só desculpa pronta... então, o relacionamento continua e venho escrever... prontos? Vamos lá.

Ontem e hoje já ouvi as mesmas duas músicas várias vezes. E uma frase de cada uma delas me trouxe aqui. Parece que as letras se completam em algum ponto. E o ponto é esse: onde tudo se completa?

Não quero discutir gostos musicais nem saber se tenho bom ou mal gosto para música. Não sou grande fã de nenhuma das duas cantoras mas, como já disse, essas duas músicas estão ecoando aqui nos meus pensamentos. Marjorie Estiano e a recém descoberta pela grande mídia Myllena. As músicas são "Versos mudos" e "Quando".

Como na grande maioria das letras cantadas por pessoas com algum equilíbrio mental, essas duas trazem aparentemente o tema amor. Mas como não estou nem aí para o que aparentam trazer, quero continuar escrevendo os trechos que me chamam atenção. Não, não sou um robô sem coração que não se sensibiliza com músicas referentes ao amor. Só não quero falar sobre isso agora. Por enquanto. Ah, e quanto ao equilíbrio mental? Se eu quis dizer que alguém que canta "créu, créu, créu, créu" é desequilibrado? Você acha mesmo que eu diria isso? Sim, é isso que eu acho... passemos então.


"Quem será que pode completar esses versos mudos que escrevi?"
Gente, minha gente e gente que não é minha, escrevemos versos o tempo todo! Sou assim. Todos somos poetas. São poesias sem rimas, sem métrica, mas são poesias. São poesias com "pobremas" de escrita e de fala, são poesias ricas, pobres, gordas, magras, feias, bonitas, lindas. Poesias sem papel, sem caneta, sem lápis, sem tijolo. Somos poetas. Vivemos. Cada atitude, cada pensamento... um verso novo na vida.
Quantas vezes queremos falar e não falamos, queremos ouvir e não ouvimos, ver e não vimos... São os versos mudos. Eles existem. Mas são mudos! E agora? Bem, precisamos de alguém pra entender o verso. Alguém pra completar o verso. Um verso escrito apenas e nunca lido não é um verso completo. O brilhantismo da poesia está em sair de um lugar e tocar outro, tocar aquele que lê.
E esse "leitor" é o que falta em tantos e tantos momentos da vida. Uma emoção que passe daqui pra lá, de lá pra cá. Uma rima que nos encontre. Que termine o já iniciado. Um retorno.
Procuro as vezes alguém que complete alguns versos e fico em dúvida sobre quem rimaria melhor. Penso, repenso, vou ali, vou lá, apago, pronto! Sei quem pode rimar essa palavra melhor.

E a outra música me traz um "Você me acompanhava e me daria a mão?"
Você tem certeza de uma resposta positiva para essa pergunta feita a quantas pessoas? Esse trecho me fez parar para pensar nisso. Quem me responderia sim na mesma hora sem saber o destino do "acompanhamento"? Ainda não faço ideia...
Dar as mãos é o gesto mais sublime e bonito de mostrar "estou contigo" .. pra mim tem um significado de "pronto, me leve junto". Acompanhar não é só ir junto. Além disso é ajudar a crescer no caminho e ajudar a caminhar, não importando o que aconteça.
Quantos respondem "sim, te acompanho."...


Acho que a resposta para os versos mudos está nessa mesma pessoa que te acompanha e te dá as mãos. Não quero que pareça algo romântico com sons de violino... Mas uma pessoa que em certo momento te dá as mãos para chegar em algum lugar conseguiu completar os versos que faltavam. Conseguiu trazer a rima certa.
Uma senhora dá a mão a um garoto para atravessar a rua. A companhia dura até o outro lado. Lá as mãos se desencontram e os caminhos seguem. Mas os versos que a senhora fazia naquele instante foram preenchidos quando o garoto se ofereceu para ajudar a atravessar.
Um projeto aceito! Um aperto de mãos para parabenizar o jovem engenheiro. Seus versos de insegurança estão preenchidos agora.


Brasília tem tantos versos mudos. O estado tem tantos versos mudos... A cidade! Oh, e agora, quem será capaz de completá-los?
AH, mãos de alguns políticos não são tão confiáveis... não acompanhe qualquer mão por aí...

Te encontro na varanda!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Brava gente brasileira...

Olá a todos os leitores da varanda! Estive sumido, não pela gripe suína nem por outras questões de saúde, o problema é que os estudos e o trabalho enrolam a gente as vezes. Bem, sem mais delongas vamos ao que interessa...

Hoje, 7 de setembro de 2009, como em todos os anos, comemora-se o dia da independência do Brasil, ou seja, o dia que o Brasil deixou de ser colonia de Portugal e se tornou uma nação. Mas relatos mostram que o acontecido pode não ter ocorrido como imaginamos, como aquele belo quadro da Independência de Pedro Américo, que mostra D. Pedro em cima de um belo cavalo e que várias pessoas contestam dizendo que ele estava montado em um burrinho. Além de outros pontos que se formos colocar aqui em discussão o meu texto pode ficar maior do que os textos do meu amigo Fred... (rsrsrs)
Pois bem, o que me intriga é que nos dias de hoje ninguem mais sabe o que representa esse dia para nós, as crianças não sabem mais cantar os hinos municipais, estaduais e até nacional, que dirá o da independência que é cantado apenas uma vez no ano. Crianças vão para a avenida para marchar e o que se vê é uns olhando para o céu, outros acenando para um amigo que o gritou, uns mascando chiclete com a mão no bolso e até sambando.
Por outro lado não tiro muito a razão das crianças, porque o Desfile Cívico hoje em dia é mais um comício com propaganda das realizações do governo X e do goerno Y e enquanto as crianças estão debaixo de um sol escaldante os políticos, que a cada dia que passa estão menos desacreditados, ficam no palanque, com água gelada, cadeira e na sombra. Se virmos por esse lado, com a festa sendo para os políticos, seria muito melhor ficarmos em casa vendo TV porque graças ao nosso amigo Sarney, Lula e outros da turma de Brasília, e daqui da cidade também, a política está virando um monte de ... Prefiro não comentar...rsrsrsrs

Um abraço a todos e até a próxima (espero que bem próxima mesmo) aqui na varanda!!!


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Arquivo Brasil

Primeiramente as devidas desculpas aos leitores pela desatualização diária do blog. Parece que restou apenas minha pessoa para digitar idéias e fazer a varanda ter movimento. Como fico ocupado boa parte do dia e com preguiça em outras partes, não consigo escrever sempre. Mas escreverei sempre que possível, prometo.

Editorial feito, vamos ao caderno principal e à matéria de capa...

Um final de semana cheio de emoções. Criança esperança na tv, Rubinho campeão depois de anos e, no fim da noite, o miss universo.

O dicionário diz que emoção é uma "perturbação súbita ou agitação passageira causadas pela surpresa, medo, alegria, etc." Quanto ao show da solidariedade, que na noite de sábado foi diferente de todas as outras vezes, já que o casal Huck estava lá ocupando um posto que antes cabia exclusivamente ao querido e inesquecível Didi, a agitação passageira acontecia. Artistas e mais artistas subindo ao palco para cantar, dessa vez de verdade, soltando as vozes, e a plateia ia ao delírio. Confesso que não assisti tudo, tive coisas mais interessantes a serem feitas na noite de sábado.

A emoção do show, de ver os artistas se apresentando, talvez tenha maior valor que o tal espírito de solidariedade. Os vários projetos mantidos com aquele dinheiro arracadado em ligações tem a missão de educar e formar um futuro melhor. Será que o dinheiro conseguido nas ligações consegue mesmo mudar o futuro? Bem, o dinheiro consegue comprar até mesmo a chave do céu... um futuro bom não é nada perto disso. Dá para comprar com o troco. Ano que vem tem mais então. Mais emoção e mais solidariedade. Mais artistas. Mais dinheiro. Mais futuro.

O domingo chegou pra mim faltando 6 voltas para o final do GP. Ainda com sono achei que fosse sonho ou não estivesse enxergando bem. Mas não, era o próprio e incansável Barrichello na primeira posição. Fiquei com receio de o sonoplasta da tv não conseguir encontrar a tempo o Tema da vitória. Já fazia certo tempo que não era usado... podia muito bem ter destruído ou esquecido a pasta onde estava guardado. Mas deu tempo. Rubinho venceu e a música tocou novamente trazendo a emoção para os brasileiros fãs de fórmula 1.

Pode ser que tenha vencido por medo. Medo que os outros competidores tiveram. Uma peça solta no carro de Rubens e adeus ao piloto seguinte. Pode ser essa a explicação. Ou não. Rubinho sempre é motivo de piadas e sempre será. Mas é um incansável. Não é o melhor do mundo e acho que está longe de ser. A emoção dele foi pela surpresa.

Na noite aconteceu em algum lugar do mundo o concurso de beleza sem muita beleza, o Miss Universo. Venceu a miss Venezuela. Parabéns pra moça de 18 anos. Nossa representante brasileira foi eliminada bem antes de chegar aos finalmentes da competição. A emoção aqui está nelas e em seus amigos e familiares. Não pensei em chorar ou me alegrar com a vitória ou não da representante de nossa terra. Na verdade nem sabia quem era a moça que teve que ouvir um "você está demitida" no concurso organizado pelo Donald Trump, chefão de todo e qualquer aprendiz. Mas que houve emoção não podemos negar.

Aprendiz. Estamos num país cheio deles. Os que acham que já são Trump ou Justus estão longe disso. João Dória está assumindo o cargo de Justus mas nem por isso é o maior sábio do país. O dinheiro não compra essas coisas.

Eu aprendo o futuro ofício de jornalista dia após dia. Aprendo a ser filho. Aprendo a falar. Aprendo a ouvir. Aprendo cada dia mais sobre eu mesmo. Todos aprendizes. Os artistas, o público, o futuro do país, as crianças esperanças, o Didi, o Rubinho, a miss Brasil, eu, você, o Mercadante...

Uma postagem inteiramente brasileira sem futebol. Pra mostrar que não precisamos de homens correndo atrás de bola para nos orgulhar da nação ou odiá-la. Para estampar no peito o verde e o amarelo. Para ter como ídolos os homens que ganham milhões e correm atrás da bola. Podemos lembrar do país em um único final de semana. Pensar no futuro, pensar na velocidade e nas mulheres guerreiras, as verdadeiras "misses".

Mísseis? Duas torres estão lá em Brasília.
Quer falar de futebol? Agora?... Ih minha gente, chegou no final...
Ok, arquiva aí que resolveremos depois...

Coloca na pasta do Sarney que fica mais fácil encontrar na hora da vitória sem esperar do Brasil.

Aquele abraço. Bons ventos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vento em volta

Senhoras e senhores leitores. Moças e rapazes. Se é para o bem de todos, ou ainda, se é para o bem de poucos, digam ao povo que voltamos.
Eis o dia do Volto!

Atendendo às instruções do Ministério da Saúde nos afastamos do blog. Por ser um local público com movimento de pessoas vindas de várias partes do país, decidimos que seria melhor evitar o contato. O uso de máscaras não seria apropriado. É um blog. Não precisamos de máscaras. Podemos mostrar quem somos sem medo. Nossas opiniões. Então hoje voltamos. As aulas também voltaram. Só peço que grávidas leiam rápido, pois disseram que há maior risco...

Voltas são sempre cheias de novidades, surpresas, curiosidade.
Volta às aulas nas primeiras séries são sempre iguais: faça uma redação sobre suas férias. Nunca tive muito o que falar nessas redações e nunca achei que a professora deveria saber o que fiz nas férias. Justamente nas férias. O período que você até esquece que tem uma professora e vive feliz, esquece que tem uma escola, e logo no primeiro dia ela já lembra das tais férias. Bate uma saudade...

Voltar de uma viagem gera o interesse das pessoas próximas. Querem saber como foi. Querem ver fotos... Voltar de um show, a mesma coisa.

Voltar a encontrar uma pessoa que estava a muito tempo longe. Um amigo que se distanciou. Um abraço forte. Voltar em casa porque esqueceu um papel e perder o ônibus... Nem toda volta é feliz.. Ela se distanciou da familia e só voltou para ver o pai em um caixão. Uma volta dolorosa. Voltar para casa com um bebê nos braços. A esperança de um futuro. O cuidado. A volta.

Voltar exige cuidados! Nem sempre conseguimos voltar pelo mesmo caminho que fomos. A rua está intransitável, houve um acidente. Uma volta gigante deve ser feita para voltar ao lugar de origem. Voltar das drogas. Voltar para casa e ficar lembrando dos momentos que acabou de viver com a pessoa amada. Agora que cada um está em sua casa só resta o pensamento e a espera por outro encontro.

Voltar é lembrança! Lembrar do passado próximo. Lembrar das férias ou da viagem. Lembrar que esqueceu o maldito papel que te fez perder o ônibus que sofreu um terrível acidente. Voltar a viver. Lembrar que é amado. Lembrar do amor. Lembrar do amor da sua vida. Relacionamento terminado e um dos dois quer voltar. Voltar nem sempre é possível em alguns casos.

Voltar nem sempre é possível! Obstáculos que caem e... e.. ei, espere...
Voltar nem sempre é possível?
Tudo é possível! Basta que entregue a chave de casa, um carro, todo seu dinheiro e qualquer outra coisa que tenha no bolso nesse momento e alguém é capaz de achar um lugarzinho pra você. Um jeito de voltar... não é meu esse pensamento. Esse pensamento é universal! Que tal, bons entendedores? Querem voltar? Se alguém quiser passar a sacolinha...

Voltando ao blog, vou terminar por aqui. Muita coisa ainda pra escrever nesse período de volta mas não caberia tudo em um post, num só dia... Portanto, continuem conosco.

O vento sopra forte aí fora. Aqui na varanda é mais gostoso... pode chegar...


Ah, e tem a última...
Uma mulher está grávida de 12 bebês na Tunísia. Fiquem imaginando a volta dela pra casa depois dos nascimentos...

terça-feira, 28 de julho de 2009

As "ESTRELAS" dos prontos socorros!


Algumas doenças são como atores e atrizes de televisão. Certas épocas estão em alta por estarem fazendo novelas ou filmes, ou seja, por estarem na mídia. Outras vezes nem se houve falar neles, ficam sumidos por um bom tempo.
Mas isso não acontece apenas com astros de TV, acontece também com algumas doenças, isso mesmo, e a dengue é uma delas. Até pouco tempo ela estava no auge, toda hora aparecia na televisão, mas depois do aparecimento da gripe tipo A h1n1, mais conhecida como gripe suína, tudo mudou.
Antes os hospitais ficavam cheios de pessoas que estavam mal graças a dengue, morriam por causa da dengue e se contagiavam com a dengue. Hoje é diferente, quando aparecem os sintomas, todos se preocupam que seja a gripe suína, se são internadas a primeira coisa que querem fazer é o exame para saber se é realmente a gripe suína, e quando morrem procuram saber se a culpa não é da tal gripe suína.
Mas isso acontece com freqüência no Brasil, cada doença tem seus “15 minutos de fama” e depois é substituída por outra que tenha aparecido mais recentemente na mídia mundial. Vamos torcer para que assim que a gripe suína “saia de moda” a dengue não volte a brilhar nas telinhas.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ensaio sobre...


Recentemente li o brilhante 'Ensaio sobre a cegueira' do genial José Saramago. Diferente de tudo que havia lido antes foi essa obra. O começo da leitura de Saramago causa desconforto pela não convencional forma de escrita. A pontuação a princípio causou uma confusão, confesso, mas o desconforto inicial passa a ser conforto quando a obra começa a envolver. A história daquelas pessoas sem nomes. A história daquelas pessoas em um lugar qualquer do planeta. Comecei a me transportar para o livro e depois de certo tempo de leitura o medo de cegar subitamente já estava em mim de tão envolvente e real que é aquela ficção. Logo depois que acabei de ler assisti o filme baseado nesse romance.

Com direção de Fernando Meirelles, o filme em nada deve ao livro. O mundo que criei pra mim ganhou as imagens que havia imaginado. O longa segue fielmente o roteiro/livro. Aos que ainda não assistiram nem leram, ficam as dicas.

Rapidamente: na obra, o mundo passa por um surto de cegueira. As pessoas ficam cegas de um segundo para outro. Deixam de enxergar e passam a viver com uma explosão de luz dos olhos. Sim, a cegueira não é a escuridão, as personagens enxergam uma luz branca que nunca apaga. E a cegueira vai contagiando as pessoas, uma por uma. Por contato ou mesmo sem encontrar com alguém contagiado a humanidade ficou cega. Sem mais detalhes sobre essa parte, mas a partir do momento que consideram como um surto de cegueira os problemas começam a aparecer. Problemas que antes não existiam. Uma luta pela sobrevivência sem se apegar a imagens. Os contagiados eram excluídos da sociedade e ficavam separados da parte humana que enxergava.

Agora vejo notícias sobre a nova gripe. Gripe suíne ou nova gripe, tanto faz. Um vírus da gripe que em algum momento ficou diferente dos demais. O mundo muda, tudo muda. Um vírus também muda... Não quero comentar nada sobre formas de contágio ou prevenção e nem sei ao certo número de mortes confirmadas ou com suspeitas do tal vírus. Em nada interessa nesse texto essas informações.

No começo de tudo podia parecer divertido para os estudantes: uma escola suspendeu as aulas por um aluno estar com suspeita do vírus. Oba! Sem aulas. Sem aulas para que o já possivelmente contagiado não passasse o vírus aos outros. Não é um motivo tão grande alegria assim. Aconteceu em uma escola, em duas escolas, em três escolas... milhares de alunos sem aulas. Tudo para evitar contato com o contagiado ou com o memso ar que o contagiado respirou.

Fotos mostram diariamente pessoas com máscara cirúrgica para se protegerem do vírus. Locais lotados de gente. Lotados de gente que precisam estar naqueles locais lotados mas não querem a gripe. Usam a máscara. A simples e comum máscara que por sinal até onde sei não serve para proteção contra a nova gripe. Um se protegendo contra o outro. Contra o que o outro pode lhe causar.

Poucos minutos atrás fiquei sabendo que algumas diaceses paulistas já recomendam que os fiéis não se toquem durante as celebrações. Tudo para evitar o contágio.

Parece que Saramago estava possuído de uma cegueira que vê o futuro quando inspirou-se para escrever a obra citada. Excluídos do convívio social ficaremos. O medo aumenta e a humanidade diminui. Será que há necessidade de ficarmos cegos por trás de máscaras cirúrgicas?

Antes que digam: não, não sou nenhum super heroi mega ultra protegido contra vírus, não é isso. Apenas acho em alguns casos um exagero midiático. Um exagero humano. Exagero político.

Enquanto isso aguardamos o fim da obra que Saramago previu. Aguardaremos o momento em que os gripados, desde um simples resfriado, fiquem em abrigos convivendo uns com os outros. Sobrevivendo. Aguardemos até que o primeiro espirro venha sobre nós. Até que a tosse chegue e a cegueira, não branca nem negra, não nos olhos, mas com máscara cirúrgica nas vias respiratórias, tome conta.

Atchim!
"Sua visão de mundo nunca mais será a mesma"

Saúde!

Te vejo na varanda. Se a gripe não nos pegar também...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O que diz a foto?


Bom eu resolvi fazer uma brincadeira aqui no Blog. É assim, vou colocar uma foto aqui e vocês irão tentar adivinhar e até criar uma notícia para ela. No final do dia eu revelo o que ela diz. Certo? E vocês também podem puxar a brincadeira colocando a foto de vocês. A única regra é que não vale ficar fuçando na internet para descobrir que notícia é. O legal é colocar a criatividade para fuincionar. Acima está a foto.

MAIS UM FILME AMERICANO?!

Olá para todos. Vocês gostam de questionar os fatos? Então aí vai um ótimo para se questionar...



20 de julho de 1969, a nave Apolo 11 dos Estados Unidos chegava a Lua com 12 astronautas. Começava aí um grande passo da humanidade, ou sería um grande dilema...


Isso mesmo depois da chegada do homem a Lua com transmissões por rádio e TV, mesmo que grande parte da população ainda não tivesse acesso aos televisores, rumores surgiram de que esse fato não passou de uma super produção hollywoodiana forjada pelo então presidente americano Richard Nixon e apoiada pelo diretor de cinema Stanley Kubrick. Essa farça teria acontecido para que o país norte-americano pudesse passar a frente da extinta União Soviética (URSS) e levantar a moral dos americanos depois da guerra do Vietnã.


Segundo Bill Kaysing os Estados Unidos não tinham condições nem tecnologia de levar e trazer com segurança pessoas numa viagem dessas! Livros e matérias foram escritos, debates surgiram e até hoje não se sabe se a imagem daquele homem fincando a bandeira americana foi real ou cinematográficamente inventada. O que se sabe é que o fato completou quarenta anos hoje e a NASA, Agencia Espacial Norte Americana, planeja realizar outra operação espacial rumo a Lua em 2020. Vamos esperar para ver se será real um mais um "filme americano"!



Um abraço a todos e espero ter prestado um grande serviço de esclarecimento a todos!!!rsrsrsrsrs



Até qualquer dia na varanda de novo...

Feliz dia do amigo!


Ahh hoje é dia do amigo que coisa boa ! Nada como ter amigos, pessoas em que podemos confiar, aquela amizade verdadeira mesmo.

Mas como surgiu esse dia? Tudo começou com o argentino Enrique Ernesto Febbraro que se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "Meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro". Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo , é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras, pelo menos era para ser assim...

Então eu desejo de coração muita felicidade, saúde, companherismo, sorte, força a todos vocês meu amigos que me ajudam, me dão força e compartilham momentos comigo.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Se achamos, achamos...

A importância que damos o que as pessoas falam, às vezes não corresponde com o que realmente relevante para que possamos ser pessoas mais instruídas ou de melhor capacidade. Pelo contrário as vezes ficamos com a preocupação com o que os outros falam, e perdemos o nosso poder de opinião. Sempre estamos concordando e vivemos em sintonia coma opinião alheia.Ficamos ouvindo pessoas com frases prontas e uma opinião direitista sobre tudo, usando da sua malévola persuasão para sentirmos piores ou menores.


Podemos sim ter opiniões, não precisamos montar um circo de palavras para mostrar o que achamos. Devemos continuar escutando opiniões mesmo que não nos agrade, para que formulemos melhor nossa contra-opinião. Se não possuirmos as palavras corretas, vamos substituir por outras que faça mais sentido para nós mesmos. Sem medo de que os outros possam pensar!

Se achamos, achamos!

Vamos escutar mais a nós mesmos.

Você gosta de Cuecas?




Bom se você gosta de cuecas ou qualquer peça íntima agora você pode contar com o Museu da Cueca. É isso mesmo! Lá você vai encontrar peças íntimas de personalidades belgas e francesas como as de Didier Reynders. Já ouviu falar? É nem eu.


Eu, e acho que muita gente, fica boba de ver a babaquice humana. Enquanto pessoas morrem de fome e nem têm uma cueca para vestir pessoas criam o Museu da Cueca, com qual finalidade?

O criador se defende: "atacar a ideia de hierarquia, promover a igualdade, a fraternidade e a liberdade", mostrando que, sem roupa, todos são iguais. Mas será que só existe essa forma de fazer isso?


Achei uma bobagem e perda de tempo tão grande que resolvi marcar minha estreia aqui falando sobre cuecas...aliás, você sabe como surgiu as cuecas? Foi assim: as togas dos homens pré-historicos já eram uma espécie de cuecão. Mas roupa íntima de verdade só no século 12, quando cavaleiros passaram a usar pedaços de linho para proteger "as partes" do contato com o metal áspero das armaduras. A partir da década de 1830, as cuecas passaram a ser feitas de tecidos e elásticos como a conhecemos hoje.


Interessante né? E depois de você usar bastante exponha ela, crie um museu.

Quedas

Parece que cair está na moda.
Beber, cair e levantar é o que ensina uma música. E multidões levam a sério o maravilhoso ensinamento sertanejo. Mesmo bebendo a criatura já se dispõe a levantar, voltar a beber, voltar a cair, voltar a levantar... Em algum momento não haverá condições de levantamento, mas enquanto houver seguem bebendo e caindo.

O auge e a queda do astro pop que todos já sabem o nome, sim, ele mesmo, falado durante vários dias e que agora surge cheio de agulhas na pele. Tantos outros astros tiveram o momento da queda. O brilho não é pra sempre se não conseguem administrar a vida. A queda é mostrada diariamente pelo sensacional (e sensacionalista) programa da Sônia Abrão. Artistas que caem e querem subir.

(Abro aqui parênteses para uma notícia chocante que mostrava este mesmo programa tardes atrás: o casal fran e max se separa. O tom era de tristeza, quase morte. Achei que tal comoção seria comparada à morte do Ayrton. Impressionante mesmo essa notícia no programa sensacional-ista)

Caiu um guindaste numa construção aqui perto e alguns morreram e outros ficaram feridos.
Caiu o teto do palco onde Madonna se apresentaria na França.
Caiu uma criança de uma prédio quando os pais não estavam.
Caiu um avião. Caíram dois aviões. Vários aviões.
Cai a conexão com a internet sempre que precisamos.

Cai, cai balão... aqui na minha mão...
Não cai não...

E agora o Senado entra em recesso parlamentar.
Parece que a queda abre excessões. E não somente para o balão.

Te veo na varanda.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Honorável Kelvin


Ah, a infância..

Realmente não tenho muitas lembranças diferentes da maioria dos mortais dos meus tempos de criança. Brincadeiras, pessoas, momentos com essas pessoas, músicas e.. programas de tv.

Ainda não fiquei alienado mas acho que desde sempre gosto de assistir televisão. É, pode ser um vício. Talvez até tenha uma parte alienada dentro de mim que me faz dormir só com o tal aparelho ligado devidamente programado para desligamento automático após 60 minutos. Outras vezes o sono é mais forte e o desligamento automático é esquecido. Ele nõ é tão automático então já que tenho que programá-lo. Enfim...


"Pégasus, ajuda o teu cavaleiro" era a musiquinha que sempre esteve na minha cabeça, eu nunca soube cantar perfeitamente e não assitia o desenho. Mas essa foi a música de desenho animado que parece ter me marcado mais.


"Está pensando o mesmo que eu B1? Eu acho que sim B2". Tais palavras pronunciadas por uma dupla de frutas vestidas com pijama também ficaram na minha memória.


Não sou da época do Balão Mágico embora conheça a rima "se tem bigodes de foca, nariz de tamanduá; também um bico de pato e um jeitão de sabiá".


Porém, com tudo isso, a beleza da infância se apresenta e liberta quando surge a Fada Bela e sua música. Aos que não conhecem por serem mais velhos ou mais novos, uma breve explicação: Era uma personagem interpretada pela Angélica em Caça Talentos, passava nas manhãs da Globo. Eu disse que seria breve.


Creio que todos tenhamos uma parte da Bela dentro de nós ou a tivemos em algum momento. Homens e mulheres. Todos. Pode ser que a fase Bela se apresente na infância ou se dê conta de que a Bela apareceu somente aos 80 anos. Mas que ela existe dentro nós, existe.


A fada Bela, de acordo com a música, veio de uma floresta encantada cheia de flores e cristais. Ela traz o cheiro de uma flor e tem alma iluminada. Quem em algum momento não quis fugir desse mundo maluco? Que nunca quis se libertar das ruas, dos carros, do barulho, das vozes, do chefe? E a vontade de parar tudo e dar um grito forte? A sociedade não permite mais que a floresta encantada esteja presente no cotidiano. Não podemos ver flores e cristais onde só há concreto, onde tudo movimenta pelo dinheiro que circula. As flores e os cristais estão escondidos dentro de nós e não encontramos a floresta. Buscamos um lugar livre e surge uma gripe diferente que mata. Na floresta encantanda da Bela não existem bombas, não existem armas.


E a música continua. O encanto também. "Ela sonhou um dia encontrar. Ela cresceu e foi procurar sua verdade. Aonde estará? Perdida em algum lugar" Ela tinha a floresta e resolveu sair so mundo encantado. Lembro perfeitamente que ela nutria um sentimento pelo Artur, o diretor da produtora que dava nome à novelinha. Pessoas, nós crescemos e não percebemos. O tempo passa rápido demais. Talvez passe rápido pelo fato de não termos uma floresta. Mas o tempo passa e os sonhos crescem. Ao menos deveriam crescer. Ninguem deve viver sem sonhos. Se não sonhasse viveria apenas esperando um fim e nada mais. Procuramos entender o mundo, procurar as verdades. Não conseguimos entender muito. Não é possível entender o emprego de mais de 700 copeiros no senado. Onde estará a verdade em momentos assim? Perdida e ninguém acha.


Seguindo, uma dica é dada a Bela: deve tomar cuidado pois o caminho é complicado entre a linha do bem e do mal, entre o humano e o imortal. Ninguém avisou que seria fácil viver. Sair do mundo e conhecer um outro mundo. Crescer exige cuidado. É uma nova vida. O bem e o mal! Quem decide qual caminho seguir senão nós mesmos? Pessoas seguem fielmente uma religião pois querem seguir o bem. Pessoas ajudam outras que necessitam buscando fazer um bem social. Usam drogas porque querem. Matam por vontade própria. A escolha entre mover um dedo para um disparo de uma arma e mover o mesmo dedo para tocar uma campanhia de uma ong contra uso de armas de fogo é de cada um. O caminho da vida é complicado. São tantos seres humanos e desumanos que surgem no caminho. Uns tem a chama da fada acesas e outros já deixaram para trás ou ainda não a conheceram.


Tudo isso para dizer que a mágica está dentro do seu coração, como termina a canção. A mágica é a mudança. Um mágico nada mais faz senão mudanças. Muda uma cartola vazia para uma cartola com um coelho. Muda uma carta de lugar. Move pessoas pelo ar. A mágica é a mudança. A mudança está escondida tal qual a fada. A fada pode trocar o nome e passar a se chamar mágica. Uns ainda vão conhecer. Vão querer mostrar para o mundo e ver que sozinhos não serão capazes. A mudança acontece. A mudança surge. A mudança traz resultados. Não está satisfeito com alguma coisa? Chame a fada e mude. Só não esqueça que a fada dorme dentro de você. Ela não pode aparecer por outro, apenas por você. Reclamar faz parte. Mudar também faz parte.


De nada adianta reclamar da poluição e poluir. De nada adianta reclamar do trânsito e pegar um carro para ir até a padaria da esquina. De nada adianta reclamar do prefeito se nas eleições você assistia apenas as olimpíadas. Mude. Faça mágicas. Seja a mágica.


P.S.: Foi só esse texto saudosista, não sou o Xexéo.


"Por Merlin, bate"


Abraços.

Te vejo na varanda.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Misto.

Michael Jackson

É ele se foi. Como dizem, foi um astro, só que astros também morrem. Vê se descansa agora senhor Michael.



Casos e Acasos

Uma menina de cinco anos morre. Isso acontece todos os dias das mais diversas formas, eu queria saber como selecionam o caso que vai aparecer na televisão, é um absurdo. São Isabelas, Eloás e tantas outras... Ninguém sabe ninguém viu. Casos que nunca são explicados, um avião que cai e ninguém sabe como caiu. Será Deus condenando toda essa tecnologia? Estará finalmente acontecendo à substituição de homens por máquinas? É mesmo funcional? Tudo parece fugir do controle e isso é realmente desesperador.
Eu tenho 19 anos e muita coisa me assusta, tenho medo do mundo que meu filho vai encontrar, as coisas estão indo no “balanço do mar”, não era pra ser assim, não pode ser assim. É um país tão grande, tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, Cazuza foi muito feliz quando disse que o tempo não para, porque ele realmente não para, pelo contrário, Lulu já disse, o tempo voa, escorre pelas mãos e não há tempos que volte viva tudo que há pra viver.

As notícias da televisão não são nada animadoras. O Kaká foi comprado por milhões, tantas famílias precisando de uma casa, de comida... E o cara é pago pra correr atrás de uma bola. Injustiça? Não, o sistema é esse... Portanto, Halá, Madrid, boa sorte aí Kaká... Boa sorte dona Joana, que a senhora tenha comida pra dar seus filhos no almoço de amanhã.

São 23h30min, quase quarta-feira e tanta coisa passa na minha cabeça, só que o sono me consome, meu priminho recém-nascido está dando trabalho.
A única coisa que peço aos leitores da Varanda se houver alguém lendo nosso blog. rs, é que não se tornem alienados que concordam com tudo que dizem por aí, cérebro foi feito pra ser usado, pensem, questionem, procurem, quando encontrarem a resposta a sensação vai ser muito melhor que receber algo pronto, não tenham dúvidas.

No mais, vão liberar serotonina.
Boa noite.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Política!!!

Boa noite poucos e seletos leitores, hoje a fim de sanar algumas dúvidas a respeito da nossa maravilhosa Política, fiz algumas pesquisas e encontrei algumas informações e definições sobre tal. Espero sanar algumas dúvidas a respeito do assunto.
A Política surgiu na Grécia Antiga, cerca de 10.000 anos antes de Cristo, quando um grupo de vagabundos decidiu ser a voz das pessoas que estavam ocupadas trabalhando. Com o passar dos anos a Política se modernizou e diversos modelos de dominação foram criados para que ela pudesse continuar existindo e sustentando a classe de malandros, corruptos e ladrões que impera no domínio das ações políticas. A política é muito útil, pois a prova é quem a pratica, sempre tem diversos benefícios, como as propinas, mensalões e aposentadorias. O Brasil é destaque mundial nessa área pela sua (ignorância) democracia e pela (burrice) crença de que o próximo político vai fazer algo pelo povo, que mesmo estando cada vez mais (na merda) desesperado tentando viver com cada vez menos dinheiro, preferem esquecer dos problemas do país vendo novelas, futebol e desfiles de carnaval na televisão e é claro gastando o pouco dinheiro no barzinho da esquina.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Nossas senhoras que ajudam

A foto pipocou em inúmeros jornais e sites por aí. Obama e Sarkozy em clássica cena de filme. Não um filme americano cheio de efeitos especiais nem um filme francês com belíssima fotografia.

Um filme ao melhor estilo Cidade de Deus, Tropa de Elite, Carandiru. Aproveito para mandar um abraço ao querido e saudoso Dadinho. Ou Zé Pequeno.

Seguindo. A foto mostra claramente olhares direcionados ao setor onde mulher melancia guarda sua pouca inteligência. Abunda!
Abundante foi a repercussão da imagem. O negão de tirar o chapéu norte americano não resistiu à beleza brasileira. Aliás, ao que tudo indica, a reunião do G8 serve exatamente para o amado Lula mostrar o que o Brasil tem de melhor e divulgar uma boa imagem do país ainda desconhecida lá fora: uma camisa da seleção de futebol de presente, uma brasileira chamando atenção pelas curvas e.. bem.. por enquanto nada de samba ou feijoada. Uma pena perder uma oportunidade dessa para Sarkozy conhecer o samba
e incentivar Carla Bruni a se lançar como sambista. Uma lástima.
Bem, a imagem voou e a confusão foi desfeita. Um veículo de comunicação divulgou um vídeo mostrando que Barack não tinha olhos voltados para a brasileira. O sucessor do odiado Bush apenas ajudava uma outra jovem senhora a descer os degraus... Viu? Nem tudo é como parece ser... Um um homem público jamais passaria por tal situação dita por bocas maldosas...

Parecer e ser são verbos diferentes, significados diferentes. Na prática acabam se tornando um só. O parecer acaba se confundindo com o ser. O ser se confunde com parecer.

Na verdade o ser se confunde sempre. Ser ou não ser, eis a questão. Eis a máxima. To be or not to be, para os filhos do Tio Sam.
A certeza está certa até onde? Até onde vai a certeza da direção de um olhar? Parecemos olhar para o olhar e não enxergar o que acontece do outro lado. Vimos uma parte e imaginamos o inteiro. A mágica da edição. Edição que fazemos até na correria do cotidiano. Escolho o que olhar. Qual parte do todo devo olhar para imaginar o inteiro. Imaginar e ter certeza de que é assim do jeito que penso... Um erro do país do samba, um erro meu, um erro só seu ou um erro do mundo? O mundo sem edições...

Acreditar no que vemos ou ver o que acreditamos?

Obama, um político importante, deve ser olhado de outro modo. Já o taxista paulista multado por usar touca para proteger do frio... é só isso: multa por usar touca. Só existe um lado real. O real é a multa... O real é escrever nomes de linhas de ônibus no braço de uma grávida... O real é uma menina de 13 anos ser assassinada com balas perdidas... O real é uma discussão em sala de aula causada pelo celular terminar em tragédia. Esses fatos sim são reais e sem cortes. Graves ou não tão graves... Acreditamos no que vemos não querendo acreditar no que vemos.

Não há chance de fazer outro corte e dar explicação para tudo isso de outro modo. Não havia uma senhora descendo as escadas nesses momentos para desviar o olhar. Não havia uma senhora. Não havia um bom censo. Não havia segurança pública. Não havia humanidade...

Havia um ângulo de salvação para o Obama. As escadas são feitas de forma diferente no mundo. As pessoas que passam também. Os momentos mudam igualmente. Senhoras não passam no momento certo. Senhoras esperam o clique ser feito e buscam a solução dias, meses, anos depois. Falo das escadas das realidades sem cortes.

São senhoras que fazem falta nos dias atuais.
Uma senhora para cada vida humana, para cada clique.
Apareçam senhoras. "Panelas velhas"...

Por falar em panela velha, senhora cozinheira da Casa Branca, use uma panela antiga pra dar o gosto especial à feijoada que seu chefe vai pedir. O resto do Brasil ele já conhece. Obama, meu caro, seu olhar não engana... mentir a tal ponto é coisa daqui.
Abraços Sarney.

Te vejo na varanda.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Segurança!?

Tem dias que a gente se pergunta pra que algumas coisas existem, como por exemplo: IPTU
A sigla IPTU, que faz parte de uma imensa lista de siglas existentes no Brasil e que só servem para confundir a cabeça das pessoas, quer dizer Imposto Predial Territorial Urbano, ou seja além de pagarmos um imóvel na hora da compra, somos obrigados a pagar uma quantia estipulada pelo governo onde, segundo o próprio governo, é para garantir pavimentação, lazer, limpeza pública, saúde, educação, saneamento e dentre outras coisa a SEGURANÇA.
Mas a meu ver SEGURANÇA é poder contar com a policiais ou guardas assim que for preciso. Bem mas não é bem assim que a banda toca. Quando há, por exemplo, uma tentativa de arrombamento ou de assalto em um prédio PÚBLICO, ou seja, construído com nosso dinheiro, aquele do IPTU, a guarda municipal acionada demora a chegar, e quando se cobra a "prometida" SEGURANÇA que deveria occorrer com a presença de um guarda municipal, o que se alega é que há falta de contingente. Como isso ocorre? Sim porque se andarmos pelas ruas podemos nos deparar com guardas e mais guardas se esbarrando pelas esquinas, ou será que esses guardas só podem trabalhar no centro da cidade e não em bairros?
Essa sería uma boa questão para se debater em uma reunião da câmara de vereadores de nossa cidade. E ver se nós conseguimos mudar a pauta e acabar com o imenso trabalho que nossos legisladores tem com trocas de nomes de ruas... Mas esse assunto é para outro papo porque minha visita à varanda não se estende tanto quanto a do nosso grande amigo Fred... rsrsrs

Abraços e até outra hora na varanda...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Entrei no ônibus errado

Há tempos que ônibus me fascinam. Isso mesmo, ônibus. Transporte coletivo. Não sei se me fascina pela parte do transporte ou pela do coletivo. Ou se é o conjunto da obra que me traz algum encanto.
Só para antes de tudo deixar um ponto registrado: odeio multidões. Então já saibam que não sou nenhum fã de ônibus cheio, se tiver com tempo até espero por outro, e por outro, e por outro... Mas tirando tal situação, o ônibus passa pela vida de muita gente e a maioria nem repara na beleza escondida nele.

No começo pode parecer difícil encontrar essa beleza mas não é. Afirmo com quase toda certeza que todo aquele que usou tal serviço passou pelas mesmas coisas acontecidas em um longo ou rápido trajeto de um lugar a outro.

Pois bem. Pessoas indo ou vindo. Pessoas indo e vindo. Cada uma diferente de outra. Alguns são vizinhos, alguns outros são namorados, pai e filhos, mãe e filhos, irmãos,... mas levando em conta o todo, o ônibus acaba por ser um lugar de pessoas desconhecidas que em determinado momento do dia se encontram. Se encontram e na maioria das vezes não se encontram. Encontram sem se encontrar.
Enquanto um rapazinho recebe o vento vindo da janela com soriso no rosto por estar certo de que aquela foi a melhor entrevista de emprego que ele teve e que é quase certa sua contratação, no banco de trás um senhor de meia idade recebe aquele mesmo vento pensando nos próximos dias sem o emprego que perdeu pouco minutos atrás.
Do lado direito há uma senhora conversando com uma moça jovem. Se conheceram ali no ponto. A senhora perguntou as horas e agora dentro do ônibus elas já descobriram conhecidos em comum. O namorado da moça jovem é filho de uma ex aluna da senhora.
Lá nos últimos bancos uma senhor se incomoda com o barulho da criançada que acaba de sair da escola. Mal se lembra que ele já foi assim.

Observar é o que mais faço dentro de um ônibus. O que me encanta no momento que alguém grita no celular dizendo "Já estou dentro do ônibus. Hein? Não to ouvindo direito, fala mais alto" não é essa pessoa gritando. Essa pessoa gritando com o celular é desequilibrada, disso eu já sei, mas gosto de ver as pessoas se desequilibrando para ver a moça desequilibrada. Reações das mais diversas.

As pessoas desconhecidas se unem. Alguém está ficando para trás e o motorista não viu. Há uma gritaria dentro do ônibus para que dê tempo da pessoa chegar e não perder a condução. Solidariedade com um desconhecido. Um desconhecido que não tem um rosto estranho. Sempre naquele horário, na mesma linha de ônibus, não há como esquecer de certos rostos.

Escrevo isso após estar em um ônibus e uma senhora pedir para o motorista parar o veículo porque ela estava no ônibus errado. Não escrevo por pena da pessoa que provavelmente gastou mais dinheiro com a passagem do ônibus certo. Escrevo porque depois daquilo as pessoas comentavam que o mesmo já havia acontecido com elas.

É aí a parte fascinante. Os desconhecidos que criam um elo com um desconhecido para se conhecerem. Uma "amizade" que durará alguns minutos. Um único tema na conversa. Talvez dois [não podemos nunca esquecer do tema básico de toda conversa de ônibus "o tempo mudou, o calor que está fazendo, a chuva que caiu"]

Uma lotação que se entende. Pessoas que pagam e outras que a idade já permite que não paguem. Uma cumplicidade estranha. Desconhecidos que se conhecem e voltam a tornar deconhecidos. Um motorista na direção. Verdades e mentiras contadas a estranhos. A beleza da convivência.

Alguns segredos ficam, é claro, não há necessidade de contar a vida inteira para estranhos. Desde o acordar até aquele segundo de respiração. É apenas uma "coincidência" aquelas pessoas naquele lugar. Não escolhemos quem vai entrar ali. Não escolhemos quem vai ficar do nosso lado. Não escolhemos que histórias vamos ouvir por alto. Não escolhemos em quias vamos nos aprofundar. Não escolhemos...
Saber de tudo não interessa...

Já no Senado...


Te vejo na varanda.

terça-feira, 7 de julho de 2009

É Fantástico. O show da...

Ligo a tv e troco os canais. Alguns deles chamam atenção. Mostram uma carreata ao melhor estilo campeões do mundo de futebol retornando ao país de origem e aguardam um maravilhoso e grandioso show.
Presenças de Mariah Carey, Stevie Wonder e Michael Jackson.

Michael Jackson? Sim, ele mesmo, embora tenha parado de respirar no último dia 25, quase duas semanas atrás.

Pois bem. Um astro deixa o plano terrestre. Não é o primeiro nem será o último a causar tamanha comoção. Não é o primeiro a ser lembrado pelo clichê "igual a ele nunca vai existir" nem será o último. Sim, ele teve alguma importância para a música e para a dança. Grande ou pequena, teve. Passou e deixou marcas. Marcas na "dancinha que anda pra trás", marcas nos clipes, marcas no Pelourinho, marcas na Terra do Nunca e, de acordo com as polêmicas passadas, o Peter Pan do pop deixou marcas nas crianças. Discutir se é verdade ou deixa de ser não é meu propósito aqui. Minha intenção é apenas dizer que a morte dele nada me comoveu.

Sim, digo sem medo que em nada me comoveu, em nada me chocou. Melhor, algo me chocou em tudo isso sim: quando fiquei sabendo que o velório/tributo/show teria ingressos fiquei realmente chocado. Mas com a morte do ídolo mundial não.

Será que deveria? Será que sou frio? Acho que não...

Ela não era uma estrela internacional da música pop. Nem nacional. Não era uma estrela de filmes. Não ganhou Grammy, não ganhou Oscar, não ganhou discos de ouro. Não tinha uma dança inovadora e clipes extraordinários pra época dela. Não dava autógrafos nem fotógrafos ficavam na sua cola o tempo inteiro. Nunca vi uma matéria no jornal com seu nome. Talvez saiba tão pouco sobre ela quanto sei pelo Michael.
Uma quase tarde de sábado e o celular tocou. Um recado a ser repassado para alguém. Naquele momento sim fiquei chocado. Uma menina, por que não dizer uma criança, virou estrela.

Não houve nenhum show, não foi noticiado, os microfones não perseguiram seus pais em busca de explicações. O médico não apareceu em revista alguma. Mesmo sem holofotes, câmeras e microfones me comoveu muito mais.

Uma menina que virou estrela e um astro que queria sempre ser menino.

Convivi pouco com a tal menina. Ela me ensinou muito depois de virar estrela. O show dela não foi no velório. O show talvez esteja acontecendo dentro de mim até hoje. A menina estrela que fez brilhar realidades que não havia percebido ainda.
A mídia me trouxe o astro. Não me ensinou nada ainda.

E esse vento que bate agora aqui na varanda me faz pensar naquela sem representatividade alguma para o mundo mas que me trouxe um sentimento e naquele que representava muito para o mundo e não me faz sentir nada.

Esse é o vento fantástico. Esse é o show da vida...
O perto e o longe. O grande e o pequeno.

Então é isso.
Te vejo na varanda.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

É ASSIM...

Aquela tarde de domingo, família reunida na varanda para conversar e contar as novidades... Assuntos entrando em dia, muitas novidades, brincadeiras, emoções. Grandes momentos que não voltam atrás. Isso é o que me recordo de "Vento na Varanda".
Hoje... Muita correria no dia-a-dia, primos e amigos cresceram e foram cada um para um lado, tios e tias se mudaram para longe, outros ainda partiram para perto um cara muito gente fina, assim como os avós!
O que restou? Muita saudade do tempo que nunca devia ter passado. Novos amigos surgiram, a mudança é nítida! E o tempo e a correria de todos os dias não ajudam para que momentos como aqueles voltem a acontecer. Por isso que dedicar minutos para passar por aqui, reencontrarmos os amigos e falar sobre assuntos que nos fazem bem é o que vamos fazer!
Abraço ao Fred que me convidou a participar desse blog e a Tamiris e ao Tiago, grandes amigos que conheci a pouco tempo e que são feras!
As primeiras postagens me deram um ar de calma. O vento me lembrou da varanda da minha avó, onde quando eu era pequeno, me reunia para brincar com meus primos e escutar minha avó dizendo para não mexer nas plantas.Bons tempos! Mas os tempos mudaram, e eu não vejo mais meus primos, minha avó nem liga tanto para plantas e descobri a verdadeira realidade do mundo. Os ventos se tornam furacões e as varandas viraram pontos de encontro de beberrões que não falam coisa com coisa.
Então já que perdi a inocência dos tempos de criança eu me tornei o cara contestador e chato que todo mundo conhece. Já que meu amigo Fred Nogueira juntamente com meus amigos de turma de jornalismo Tamiris Santana e Antonio Lasnor me convidaram para ajudar a escrever no blog Vento na Varanda, então vamos contestar e perguntar o que ninguém pergunta. Grande abraço aos nossos leitores, ainda poucos hoje, mas milhares amanhã!

Vento..

Que o vento que os trouxe até aqui, cuide pra que cada palavra sopre aos seus ouvidos como música.
Sejam todos muito bem vindos. Agradecemos à preferência. Rs


Vento...
Vento que bate na janela, que traz leveza e destruição. Vento que entra pela varanda e faz dos cabelos das moças, ninhos de passarinho. Vento, furacão, tufão, alguns ficam até famosos e outros não. Vento que serve de inspiração pra canções, vento confeccionado que vira ventilador, vento que chega... Vento que vai... Vento que não causa nenhuma dor. Inodoro, Incolor e Intocável, às vezes instável.
Tem vento que serve até pra nome de blog.

Ah, nós usamos a varanda pra jogar conversa fora, aqui não é diferente.
Vento na Varanda...


“Vento, ventania me leve pra onde nasce a chuva, pra lá de onde o vento faz a curva...”.
Biquini Cavadão.

domingo, 5 de julho de 2009

Na varanda é assim...

Na varanda bate um vento... nas nossas mentes distraídas umas idéias chegam.
O vento podia levar pra bem longe. O vento pode levar pra bem longe...

Estamos aqui na varanda. Podem chegar senhoras e senhores, moças e rapazes, meninos e meninas. Assitam o mundo e ao mundo.
Um movimento constante. Movimento sem fim. Da varanda enxergamos tudo isso. E enxergamos diferente, tenha certeza.
Nossa varanda, nossa janela, nossos olhos. De pé ou na cadeira de balanço estamos aqui na varanda.

Aproxime-se, toque a campanhia, bata palmas, grite por cima do muro. Depois pode entrar pra tomar um café...