quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Uns tais versos mudos

Oi queridos senhores, senhoras, moças e rapazes, parece que aquela máxima de "no início tudo são flores" vale para esse humilde blog. Antes era uma postagem atrás da outra, um atropelando o outro.. e agora grandes espaços entre eles... Ah, acontece. Fazer o que... digamos que o relacionamento com o blog "caiu na rotina", já que é a desculpa mais usada. Mas diferente do que se espera o relacionamento não terminou. O caiu na rotina foi só desculpa pronta... então, o relacionamento continua e venho escrever... prontos? Vamos lá.

Ontem e hoje já ouvi as mesmas duas músicas várias vezes. E uma frase de cada uma delas me trouxe aqui. Parece que as letras se completam em algum ponto. E o ponto é esse: onde tudo se completa?

Não quero discutir gostos musicais nem saber se tenho bom ou mal gosto para música. Não sou grande fã de nenhuma das duas cantoras mas, como já disse, essas duas músicas estão ecoando aqui nos meus pensamentos. Marjorie Estiano e a recém descoberta pela grande mídia Myllena. As músicas são "Versos mudos" e "Quando".

Como na grande maioria das letras cantadas por pessoas com algum equilíbrio mental, essas duas trazem aparentemente o tema amor. Mas como não estou nem aí para o que aparentam trazer, quero continuar escrevendo os trechos que me chamam atenção. Não, não sou um robô sem coração que não se sensibiliza com músicas referentes ao amor. Só não quero falar sobre isso agora. Por enquanto. Ah, e quanto ao equilíbrio mental? Se eu quis dizer que alguém que canta "créu, créu, créu, créu" é desequilibrado? Você acha mesmo que eu diria isso? Sim, é isso que eu acho... passemos então.


"Quem será que pode completar esses versos mudos que escrevi?"
Gente, minha gente e gente que não é minha, escrevemos versos o tempo todo! Sou assim. Todos somos poetas. São poesias sem rimas, sem métrica, mas são poesias. São poesias com "pobremas" de escrita e de fala, são poesias ricas, pobres, gordas, magras, feias, bonitas, lindas. Poesias sem papel, sem caneta, sem lápis, sem tijolo. Somos poetas. Vivemos. Cada atitude, cada pensamento... um verso novo na vida.
Quantas vezes queremos falar e não falamos, queremos ouvir e não ouvimos, ver e não vimos... São os versos mudos. Eles existem. Mas são mudos! E agora? Bem, precisamos de alguém pra entender o verso. Alguém pra completar o verso. Um verso escrito apenas e nunca lido não é um verso completo. O brilhantismo da poesia está em sair de um lugar e tocar outro, tocar aquele que lê.
E esse "leitor" é o que falta em tantos e tantos momentos da vida. Uma emoção que passe daqui pra lá, de lá pra cá. Uma rima que nos encontre. Que termine o já iniciado. Um retorno.
Procuro as vezes alguém que complete alguns versos e fico em dúvida sobre quem rimaria melhor. Penso, repenso, vou ali, vou lá, apago, pronto! Sei quem pode rimar essa palavra melhor.

E a outra música me traz um "Você me acompanhava e me daria a mão?"
Você tem certeza de uma resposta positiva para essa pergunta feita a quantas pessoas? Esse trecho me fez parar para pensar nisso. Quem me responderia sim na mesma hora sem saber o destino do "acompanhamento"? Ainda não faço ideia...
Dar as mãos é o gesto mais sublime e bonito de mostrar "estou contigo" .. pra mim tem um significado de "pronto, me leve junto". Acompanhar não é só ir junto. Além disso é ajudar a crescer no caminho e ajudar a caminhar, não importando o que aconteça.
Quantos respondem "sim, te acompanho."...


Acho que a resposta para os versos mudos está nessa mesma pessoa que te acompanha e te dá as mãos. Não quero que pareça algo romântico com sons de violino... Mas uma pessoa que em certo momento te dá as mãos para chegar em algum lugar conseguiu completar os versos que faltavam. Conseguiu trazer a rima certa.
Uma senhora dá a mão a um garoto para atravessar a rua. A companhia dura até o outro lado. Lá as mãos se desencontram e os caminhos seguem. Mas os versos que a senhora fazia naquele instante foram preenchidos quando o garoto se ofereceu para ajudar a atravessar.
Um projeto aceito! Um aperto de mãos para parabenizar o jovem engenheiro. Seus versos de insegurança estão preenchidos agora.


Brasília tem tantos versos mudos. O estado tem tantos versos mudos... A cidade! Oh, e agora, quem será capaz de completá-los?
AH, mãos de alguns políticos não são tão confiáveis... não acompanhe qualquer mão por aí...

Te encontro na varanda!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Brava gente brasileira...

Olá a todos os leitores da varanda! Estive sumido, não pela gripe suína nem por outras questões de saúde, o problema é que os estudos e o trabalho enrolam a gente as vezes. Bem, sem mais delongas vamos ao que interessa...

Hoje, 7 de setembro de 2009, como em todos os anos, comemora-se o dia da independência do Brasil, ou seja, o dia que o Brasil deixou de ser colonia de Portugal e se tornou uma nação. Mas relatos mostram que o acontecido pode não ter ocorrido como imaginamos, como aquele belo quadro da Independência de Pedro Américo, que mostra D. Pedro em cima de um belo cavalo e que várias pessoas contestam dizendo que ele estava montado em um burrinho. Além de outros pontos que se formos colocar aqui em discussão o meu texto pode ficar maior do que os textos do meu amigo Fred... (rsrsrs)
Pois bem, o que me intriga é que nos dias de hoje ninguem mais sabe o que representa esse dia para nós, as crianças não sabem mais cantar os hinos municipais, estaduais e até nacional, que dirá o da independência que é cantado apenas uma vez no ano. Crianças vão para a avenida para marchar e o que se vê é uns olhando para o céu, outros acenando para um amigo que o gritou, uns mascando chiclete com a mão no bolso e até sambando.
Por outro lado não tiro muito a razão das crianças, porque o Desfile Cívico hoje em dia é mais um comício com propaganda das realizações do governo X e do goerno Y e enquanto as crianças estão debaixo de um sol escaldante os políticos, que a cada dia que passa estão menos desacreditados, ficam no palanque, com água gelada, cadeira e na sombra. Se virmos por esse lado, com a festa sendo para os políticos, seria muito melhor ficarmos em casa vendo TV porque graças ao nosso amigo Sarney, Lula e outros da turma de Brasília, e daqui da cidade também, a política está virando um monte de ... Prefiro não comentar...rsrsrsrs

Um abraço a todos e até a próxima (espero que bem próxima mesmo) aqui na varanda!!!