domingo, 25 de julho de 2010

E ai?

Se alguém parasse na rua e fizesse para cada um que passasse, a seguinte pergunta: "E AI?" e se por acaso fosse você uma dessas pessoas. O que responderia?

O livre arbítrio vai até onde? Até onde as restrições começam ou acabam?
Já pararam pra perceber que a gente só questiona quando doi no nosso calo ou quando estamos longe da pessoa a ser "atingida"? Se fossemos liberados pra falar o que quiséssemos, falaríamos o que?
Fico imaginando que seriam tantas coisas que mandaríamos beijos pra mamãe, cobraríamos o vizinho ou iríamos dizer pro namorado (a) o quanto o amamos. Né? O que realmente deveríamos não sairia, por mais que estivesse ali, na ponta da língua.
Comecei pensar nisso depois que vi uma reportagem exatamente assim, o microfone estava aberto, no entanto, ouvi muitos beijos, muitas declarações e nada de direitos humanos ou até mesmo reivindicações pessoais importantes.
Por que precisamos falar a público que amamos nossos pais? Os interessados são eles, é gostoso falar pra eles. Ao namorado, idem. Ao mundo não interessa, ninguém quer saber, ta todo mundo correndo pra pegar o ônibus, pra comer no bobs porque a hora de almoço é pequena, ta todo mundo girando em uma velocidade infinitamente mais rápida que a do mundo, a gente não vê passar, a gente vê voar.
MC Creu foi tão questionado, mas ele tinha um pouco de razão, a velocidade é CINCO!
Se girássemos lentamente, na velocidade um, que graça teria? Haveria graça? Se usássemos esse microfone aberto pra falar mal de um político, solucionaria? O que é certo?
O beijinho ou a cobrança?
E aí? O que você me diz? O que você gritaria?
Eu acho que mandaria um recado pro Fred:
IRMÃO, NÃO SUMA MAIS DAQUI!
E com isso seria mais uma a esquecer os problemas sociais e lembrar dos amigos, familiares e afins, afinal de contas, eu sou só mais uma mesmo...

Bons ventos!


(Tamiris_Santana)

4 comentários:

  1. Mas afinal, o que realmente deveríamos? dizemos tanto que a família é mais importante que tudo, porque não aproveitar um espaço assim então para mandar um "eu amo minha mãe", ou um "beijo mãe", ou algo assim...

    pensar no bem coletivo é muito dificil, ainda mais em mundo onde a competição é mito alimentada... o egoísmo está aí... cada um pensa em si e o bem coletivo que se vire...

    óbvio, existem casos diferentes, mas são poucos...

    eu provavelmente diria algo voltado para o mundo futebolístico e também esqueceria de levantar questões importantes para o coletivo...

    legal o texto, moça...

    abraços do Mr.!

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  2. Se alguém falasse "E aí?" eu diria com certeza "Faaaala!". Entendi a filosofia que você viu na pergunta, mas isso é o que eu futilmente faria. Caso existisse uma insistência, me perturbaria sim.

    Acho, inclusive, que é essa questão que torna tudo mais interessante. O medo, a dúvida, a insegurança, inicialmente sentimentos negativos, porém terrenos favoráveis a grandes revoluções. Seja interna ou coletiva.

    Gostei do texto!

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  3. A conclusão é: E aí?! rs (Obrigada pelos comentários. Ao velho e ao novo amigo Fabrício! Mr, velho em um bom sentido, ta? rsrs!

    =*

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  4. baaaah... me chamo de velhooooooo... que horror... nãnãnã... não volto mais aqui... hahaha...

    eu entendi viu dona Marina... ops... Tamiris...

    voltem a escrever...

    abraços do Mr.!

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