Oi Varanda;
Véspera de feriadão, eu não sei colocar imagens aqui no blog, estou trabalhando ou deveria estar. Faz calor nessa cidade pacata em que vivo, as pessoas passando ali na rua e eu pensando em quantas histórias passam por nós todos os dia escondidas em membros, artérias, veias, sangue e bla bla bla...
Uma senhora entrou aqui hoje para perguntar sobre aposentadoria. Isso foi a única coisa que ela não perguntou.
Começou falar de sua filha, falecida a dois anos em um acidente de moto. Chorou, se desesperou, se indignou e foi embora.
Não a conheço, nunca a vi, mas percebi que naquele momento eu era o que ela tinha, talvez tenha visto em mim, a menina de 20 anos que a deixou tão cedo.
Agora no twitter, acontece um "barraco", Bruno Mazzeo, filho do nosso querido Chico, disse: Luan Santana é vesgo! Foi o suficiente para milhares de fãs de Luan Santana "cairem de pau" em cima do humorista. O humorista então, começou retrucar e desde ontem não se fala em outra coisa no twitter.
Marcius Melhem ao invés de ajudar, disse: Se eu dissesse que não é o Luan que é vesgo e sim os seus fãs que são surdos, o que aconteceria? Aconteceria não, aconteceu!
Os mesmos fãs se revoltaram contra ele também.
Pessoas que nunca trocaram um "oi" com o "Meteoro da Paixão" o defendem como se fosse um irmão. Um compadre, como diria meu pai.
Coloquei os dois casos pra percebermos que as pessoas se envolvem com os problemas dos outros, uns mais sérios, outros nem tanto. Afinal de contas, chamar alguém de vesgo é uma ofensa tão grande assim? Ou ofensa é uma mãe perder a filha por demora no socorro? Não há comparação mas há sentido.
As vezes vemos no problema do outro, um problema nosso que desconheciamos.
Aprender assim é tão bom!
Fiquei imaginando minha mãe no lugar dela e eu gostaria muito que alguém desse colo pra ela. Foi o que eu fiz. Junto com a minha chefe, rs! (os amigos de blog entenderão o riso. rsrs), ajudamos e acalentamos essa pobre criatura que hoje se diz caminhar sozinha.
O Brasil é um país tão grande, cheio de coisas maravilhosas, tem que haver esperança também. Vai melhorar, precisa melhorar!
Aprendi ontem que só conhecemos o outro quando nos conhecemos, e que somos incebergs, o que está por fora é infinitamente menor do que temos dentro de nós. Pratiquei hoje o ato da doação, e como é bom ver alguém sorrindo pra você pelo simples fato de estar ali.
Já que a vida é um self service, comecemos hoje nos servir de coisas boas, coisas produtivas.
A vida ta aí e até que nos provem o contrário, é uma só!
Bom apetite e aos parceiros de blog, boa pescaria.
Bons ventos a todos!
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Me acostumei a passar por aqui a procura dos textos do Fred... mas como ele anda meio sumido, acabei me deparando com este texto...[Otimo por sinal.
ResponderExcluirCerta feita escrevi algo sobre as diferenças e que cada um tem suas procupações, seus problemas, sua vida, sua história... legal a forma como tu contou a história da senhora essa, relacionando com isso. Legal vocês term servido pra ela, pelo menos por alguns minutos...
Sobre o Twitter, talvez os fanáticos fãs do Luan Santana não entenderam qe o HUMORISTA Buno Mazeo podia estar apenas fazendo aquilo que faz na sua profissão... uma piada, uma brincadiera.
É um exemplo de como brigas e discussões começam por coisas futeis... algumas acabam em morte, como vemos todos os dias nos noticiarios... pelo menos essa foi no twitter...
ótimo texto! E se tiveres contato com o Fred, diga para ele voltar a brindar-nos com suas obras...
Abraço do Mr.
Muito boa sua postagem Tamires, penso como você, a vida é feita sim dessas pequenas trocas, desses pequenos gestos, na verdade o que temos é que fazer sem esperar nada. Mas a verdade é que sempre recebemos, sinto que quando fazemos algo para alguém somos algumas vezes mais recompensados do que a própria pessoa porque nos faz tão bem. Continue nesse caminho e escrevendo, isso muito bom. Abraço
ResponderExcluirpeço encarecidamente que voltem a escrever aqui... cadê o Fred? a Tamiris? onde estão vocês? onde estão os textos?
ResponderExcluirvoltem... é um espaço muito nobre para ser abandonado e é sempre ótimo ler seus textos e conhecer seus pensamentos...
voltem a escrever aqui, é o pedido de um leitor que sempre dá uma pasadinha na esperança de encontrar algum pensamento novo, flutuando com o vento desta adorável varanda...
Abraços!
Um grande texto é aquele que nos leva ao ambiente que o autor pensou ( com a razão ou com a emoção, tanto faz), e esse texto poliu a minha já fosca responsabilidade social. O respeito, a compaixão... objetos tão gratuitos e tão raros, andam empoeirados nas teorias e nos motivos paralíticos.
ResponderExcluirConfesso que também venho aqui na ânsia de um texto do Fred, mas conheço em cada vento perceber que a varanda é bem mais ampla.
Bravo, Tamiris! Bravo!